Alopecia Fibrosante Frontal: tudo que você precisar sobre esta doença

O que é alopecia fibrosante frontal (AFF)? Imagine sua testa aumentando de tamanho e os cabelos que antes você tinha nesta região desaparecendo. Além disso as sobrancelhas começam a desaparecer.

Essa é a principal característica da alopecia fibrosante frontal, uma condição que causa a perda gradual de cabelo na região frontal do couro cabeludo, mais comum em mulheres após a menopausa. 

As causas da Alopecia Fibrosante Frontal ainda não são muito claras, mas algumas sugestões começam a ganhar forças:

Hormônios

A queda nos níveis de estrogênio após a menopausa pode influenciar o desenvolvimento da AFF. Imagine um desequilíbrio hormonal que afeta a saúde dos folículos pilosos, como se as “chaves” que controlam o crescimento dos fios estivessem desrreguladas. Uma mulher que experimenta a menopausa pode notar um aumento na queda de cabelo, especialmente na região frontal, devido à diminuição dos níveis de estrogênio.

Genética

Se sua mãe ou avó materna teve Alopecia Fibrosante Frontal, você tem um risco maior de desenvolver a condição. Atualmente alguns genes já foram descritos tendo relação com a doença e o acometimento de familiares não é incomum.

Alergias

Há uma teoria que alérgenos, substâncias que causam alergia no paciente, possam estar envolvidos na patogênese da doença.  Atualmente Dra. Débora Cadore orienta seus pacientes acometidos pela AFF a não terem contato com substâncias causadoras de alergias.

 

PRINCIPAIS SINAIS DA AFF

Perda de costeletas: Nos homens, o desaparecimento das costeletas pode seum sinal de alerta para esta doença.

Coceira no couro cabeludo: Este é um sintoma muito comum em todos os pacientes acometidos pela AFF sem tratamento. a coceira pode acontecer também na face e em outras áreas do corpo

Pontos vermelhos: Pontos vermelhos na face, principalmente entre as sobrancelhas, são um outro achado fora do couro cabeludo muito comum em pacientes acometidos pela AFF e de pele clara.

Bolinhas e aspereza na face.: A AFF acomete também pelos da face, aqueles bem fininhos. Não é incomum o surgimento de bolinhas que causam uma aspereza na pele da face.

Queimação e sensibilidade: Em alguns casos, a área afetada pode apresentar uma sensação de queimação ou sensibilidade ao toque, como se estivesse dolorida. A pessoa com AFF pode sentir queimação e sensibilidade na região frontal do couro cabeludo, tornando-se mais sensível ao toque.

DIAGNÓSTICO DE ALOPECIA FIBROSANTE FRONTAL

Para confirmar o diagnóstico da AFF, é fundamental consultar um dermatologista. Através de um exame físico do couro cabeludo e, em alguns casos, de uma biópsia (retirada de um pequeno pedaço de pele para análise), o médico pode identificar a AFF e descartar outras causas de queda de cabelo.

“A Alopecia Fibrosante frontal é considerada uma urgência dermatológica. afinal os cabelos perdidos, se substituidos por tecido cicatricial, podem não mais voltar.” Dra Debora Cadore

O tratamento da AFF visa retardar a progressão da doença e estimular o crescimento dos fios. As opções de tratamento podem incluir:

  • Medicamentos tópicos: Minoxidil e anti inflamatórios são exemplos de medicamentos tópicos que podem ser aplicados no couro cabeludo para estimular o crescimento dos fios e retardar a queda
  • Medicamentos orais: Em alguns casos, o médico pode prescrever medicamentos orais com ação anti inflamatória, como a cloroquina, por exemplo e estimuladores de crescimento capilar, como o minoxidil 
  • Terapia a laser: A terapia a laser de baixa intensidade pode ser utilizada para diminuir a inflamação  no couro cabeludo e promover o crescimento dos fios.
  • Medicações injetáveis: muitas vezes o paciente vem com muita reação inflamatória no couro cabeludo, a injecao localizada de medicamentos visa diminuir esta inflamação e consequentemente a perda capilar
  • Toxina botulinica: como terapia adjuvante ela trata o tecido cicatricial e bloqueia o receptor do afinamento capilar

 

É importante ressaltar que o tratamento da AFF é individualizado e o médico irá recomendar a melhor opção de acordo com a gravidade da doença e as características de cada paciente.